segunda-feira, 5 de outubro de 2020

SONETO SEM VOLTA

Vai-se mais um talvez pra outra parada

Vai-se um, outro, enfim decaídas cenas

Que dói no peito, na solidão, e apenas

A teimosia para essa pesada derrocada

 

Cá na quimera, quando a dura nortada

Bafeja, os devaneios em alças plenas

Ruflam a alma em emoções pequenas

No ocaso do horizonte atiçando cilada

 

Também dos silêncios onde abotoam

Os suspiros, um a um, não perdoam

E choram, lágrimas pelos olhos vais

 

Na perfídia imatura, ilusões escoltam

Os sonhos, que sempre ao amor voltam

Mas que ao poético não voltam mais...

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Outubro de 2020, 20’20’ – Triângulo Mineiro

 

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

 

Vídeo, canal no YouTube:

https://youtu.be/JvbQkjDNObU

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