segunda-feira, 26 de agosto de 2024

SOLITÁRIO (soneto)


Quantas vezes, na solidão, asas da saudade
Me ornaram. Me levaram para de ti perto
Voaram como se fosse leve boa realidade
E como tudo, num sonho, era tudo incerto

Só silêncio. A alma sussurra alacridade.
O ar gorjeia e soluça. Sem ti, sou deserto:
A emoção no beiral debruça. Ansiedade
Tudo é triste e tudo fica tão descoberto

Há por tudo uma espera, quer verdade
Cada estrela um cupido mira, decerto
Na direção dum solitário e sua metade

Porém, na sina de ermitão sou alvo certo
Em salmo o coro se levanta com vontade:
O solitário da solidão nunca será liberto....

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Agosto de 2018 - cerrado goiano
Olavobilaquiando

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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

YouTube:
https://youtu.be/-MKDJjw_xOc

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