domingo, 30 de março de 2025

Tornando


Que ao pisar novamente, assim eu faça
Com os pés da saudade, história em recordação
Em ti Minas Gerais tal bravura, tal emoção
De ti Araguari, terra natal orgulho e graça

Que as tuas ruas ao coração, faça praça
E, se de mim tiveres tão pouca recordação
Te ti trago no peito, jubilo, amor e emoção
Pois em tuas terras terás a minha carcaça

Que na mesa, a mais, tenha um prato
Que ceve o teu filho que está tornando
Se muitos partiram, hoje só venerando
Que não coma sozinho, o pão, num fado ingrato.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/03/2016, 05'30" - cerrado goiano

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol - poeta do cerrado

YouTube:
https://youtu.be/B-T2bFs29Fw

quarta-feira, 26 de março de 2025

SONETO DE UM SOLITÁRIO


Permanece como réu, imoto
a respiração sem equação
em silêncio o ego e emoção
como em oração fiel devoto

O lamento que acolhido na mão
chora suor do quesito remoto
a lágrima se imerge num arroto
dos soluços surdos do coração

Como centro de tudo, a solidão
que desorienta e se faz ignoto
o olhar, largado na escuridão

Seja breve e renovado broto
que renasça após a oblação
o abraço que se fez semoto

(traga convívio pro ermitão)

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26/03/2016, 23'04" – cerrado goiano

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol - poeta do cerrado

YouTube:
https://youtu.be/VjP4Pvc00iY

domingo, 9 de março de 2025

Cadência


No pêndulo
Do relógio
Fica e vai
Vai e fica
A hora...
num clique
... o tempo esvai
e brinca de pique...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/11/2015, 19’58” cerrado goiano

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol - poeta do cerrado

terça-feira, 4 de março de 2025

CONTENTAMENTO (soneto II)


Enfim, posso aquietar! já te poetei
o teu olhar sagaz, sedutor e quente
regeu uma poesia divinal, fremente
onde nos seus versos me entreguei

Em cada poema, sentir-te, bem sei
se foi bem, foi mal, a alma ardente
furou o meu peito, profundamente
tatuando teu nome, marcado serei

É assim, o meu amor: demasiado
poemas tão maciços de confissão
em cada rima o rimar apaixonado

Por este sentir, vivo em comunhão
na crença deste amor encantado
inspirado do enamorado coração!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 março, 2025, 16’30” – Araguari, MG

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol - poeta do cerrado

YouTube:
https://youtu.be/V6kuEZAVQ-M