quarta-feira, 29 de abril de 2020

Banana


Ah! A banana...
da terra
prata
ouro
delícia soberana

Na roça
no quintal
minha, sua, nossa
preferência nacional

Ah! A banana...
Capital!
Que da Mãe Terra emana

Viva o bananal...
natureza, prana
fortuna tropical

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
39/004/2020, cerrado mineiro

copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol


Vídeo no YouTube:
https://youtu.be/dzbq70FXXpA

terça-feira, 28 de abril de 2020

poema do cantinho


sabe aquele cantinho, o lugar
um recanto, onde quando fatigado
a poesia possa nele criar
refastelar, todo ele almofadado
inspirado, de sonhos, letras, flores
cá para as bandas do cerrado
cheio de charme, de cores
os amores... verso alado
tão mansinho
simples, sofisticado
emocionante e, com carinho...
na imaginação imaculado
apenas um cantinho

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/04/2020, 10’25" - Cerrado goiano

copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Vídeo poético no Canal do YouTube:
https://youtu.be/tgGGwF0rS78

domingo, 26 de abril de 2020

Anatomia

Sou um homem sonhador
Que gangorra no futuro
Da criança restou o pudor
Do adolescente o apuro
Dos trinta a fase esplendor
Dos quarenta ser inseguro
Dos cinquenta fui senhor
De tudo me vi um imaturo
Pouco deixei de ser amador
Hoje sou um homem maduro

Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/04/2016, 18'00" - Cerrado goiano



copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

sábado, 25 de abril de 2020

Espanto


A saudade é um ato estranho
Se você a mata ela vive
Se você vive ela avulta no tamanho
É uma dor em aclive
Um suor sem banho

É real

Invade todo o sentimento
Auditivo, sensorial, oral
Aos olhos lacrimejamento
Aos pensamentos, irreal
Ao desejo recolhimento

Solidão

E eis que ela é etc. e tal
Torpor, paralisia, emoção
Pranto

Saudade é um ato fatal
Espanto

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Abril de 2016 – cerrado goiano

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Canal do YouTube:
https://youtu.be/v1eU4-Vyd7Q

domingo, 19 de abril de 2020

Doce manhã

Manhã, doce manhã no cerrado
De ti meu pai mais uma companhia
Na vida o nosso elo fechado
Uma canção, eterna energia
Manhã, tão doce manhã
Neste presente és harmonia
Na existência há de haver outros dias
Onde a concordância será melodia
De amor, coração, cuidados, sintonia...
Manhã, tão bonita manhã... Alegria

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano,19/04/2015
Ao meu velho pai 92 anos,
sob meus cuidados.
paráfrase João Gilberto.

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O Peso da pena

Pode igualar
Ao peso de uma saudade
A leveza de uma felicidade
Ao peso de uma ilusão
A leveza de uma emoção
Ao peso de um insulto
A leveza de um indulto
Ao peso de um tiro
A leveza de um suspiro
Ao peso de uma dor alamiré
A leveza de um cafuné
Ao peso de um pontapé
A leveza de se ter fé
Ao peso de um vil olhar
A leveza de poder amar

O peso de uma pena
pode ser dual
pesado ou leve,
depende da queda
do local...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07’12” 28/2010, Junho
(paráfrase Antônio Más Morales)

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rimas de amar


afeto e paixão, rima com olhar
paixão com amor, com beijo
faz sonhar
amor com cheiro, com desejo
faz azarar,
almejo
todas, rimas que fazem amar...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Abril, 2016 - Cerrado goiano

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

MEUS PAIS (soneto)

Ele "oriundi" paulista, e ela mineira
No cerrado de Araguari se casaram
Sou o quarto de seis que chegaram
E no chão cerrado morada primeira

Ele sengo e forte. De cuidares e razão
De pouca finura, porém, além fronteira
Ela meiga e gentil, totalmente caseira
Assim, nascera os laços desta união

De pele alva, ele gordo e ela esbelta
Tal qual o atributo de um povo celta
O venturoso lar, Zelino e Joana D'Arc

Meus amados pais, eternas saudades
Os ensinamentos foram de verdades
Ele e Ela tal qual heróis de almanaque

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Abril de 2017 - Cerrado goiano

copyright © Todos os direitos reservados.
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CRISTO JESUS (soneto)

Todo o louvor, a Ti, exaltar procuro
Em Ti a paz, no Teu verbo de pastor
Nos cuidados o que há de mais puro:
verdade, o perdão, a caridade, amor

Fonte límpida que sacia do escuro
Alento nos caminhos desesperador
És a perfeição no imperfeito perjuro
Debalde não crer, que és o Salvador

Tua infinita bondade, Pai Amoroso
A Teus servos perfeição colossal
Aos homens doaste afeto caloroso

Cristo Jesus, na vida, nosso degrau
Volva a tua face ao pecado danoso
E assim nos faça livrar de todo o mal! (Amém!)

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2017, Quinta feira Santa
Cerrado goiano


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AME PRIMEIRO (soneto)

Quem quiser ter poesia, que ame primeiro
O poetar onde, total, caiba na haste da flor
Ai dos que trovam, e dele não é por inteiro
Se apartam das quimeras e do afável amor

Os versos sorriem, enfim, ao ser certeiro
No peito do poeta que está um amador
No sonho passageiro, da ilusão é herdeiro
O bardo romântico, um eterno sonhador

Ai de quem, gerando-os, nada lhes trouxer
Ai dos que tem o dom e não tem o afeto
Hão de ali perder-te o que a emoção quer

Aí, no silêncio do senso um rimar inquieto
Coração sofredor e da ventura sem saber
Então, redigi solidão no corpo do soneto!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/04/2020, 06’37” – Cerrado goiano

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Vídeo no YouTube:


quarta-feira, 15 de abril de 2020

Poema perfumado


O meu poetar anda na ilusão
Mesmo assim, ele vai além
Sofrência? Não. Por onde for
Nas rimas do seu amor
És poesia, senso, refém!

Não o tenho pra mais ninguém (só você)
Tentaram detê-lo na saudade
Mas abri-lhe a porta do bem
Na trova solitária, humildade
Porém, nas tuas linhas, sonhos
E aquela romântica vontade
Me fez ter temores medonhos
De um amor com felicidade....

Ai! a lembrança! - dor doída
Ai! Tu! - memória prazerosa

Que acalma a alma sofrida
E perfuma a vida com rosa! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/04/2020 – Cerrado goiano

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terça-feira, 14 de abril de 2020

Versos livres:


Porque é que o estro me disseste
Agora e não noutro minuto
Se as trovas que, outrora, me deste
Deixaram o meu poetar de luto?

Se tudo era apenas uma miragem
E o tempo era apenas uma rima
Então, que me traga coragem
Na poesia, e não enigma...
Nem roupagem!

[...] só os afetos e a emoção
Hão de vir inspirar-me maior
A poemas, basta-lhes a ilusão
Aos poetas, basta o amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/04/2020 – Cerrado goiano
Paráfrase Pedro Homem de Mello

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Vídeo no YouTube:
https://youtu.be/DJvhrZQ2CRU

sábado, 11 de abril de 2020

Prosa (1)


[...] Se o meu poetar não me agrada
Como agrada a sentimental trova
Hei de não ter mais nada
Oh meu amor de doce alcova...
E, que neste ato de ser feito
Que o amor é como o vento
Se na poesia perde o jeito
Passa-se a rima e o momento
Assim, nestes versos tiranos 
De vazio sentimento
Dias viram horas e horas anos 
Numa prosa de sofrimento...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 de abril 2020 – Cerrado goiano

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol



domingo, 5 de abril de 2020

COBRA CEGA (soneto)


Era a saudade, saudade crua que vela
A solidão. Com a impostura do pranto
Que sente falta, partida em um canto
Do coração, que se veste da dor dela

Era a lembrança! Curvada na janela
A esperar que se quebre o encanto
E no horizonte desanuvie do manto
Da noite vazia, e se torne leve e bela

Era a angústia com a sua tristura cada
Era o seu silêncio e o seu tempo lasso
O desespero na negrura da madrugada

Que brincam, com o desanimo crasso
De olhos vendados, e a ventura atada
De cobra cega com o prazer escasso...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/04/2020, 15’11” – Cerrado goiano

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sábado, 4 de abril de 2020

SONETO INDOMÁVEL


Ó pranto! À dor, quando, entranho
Fico sem rumo certo pelo cerrado
O anoitecer, quando, chega calado
Tudo é solidão, e em nada é ganho

Tristura, fria, que pesa no passado
O vento é poeira de ardor estranho
E a hora lenta e tão sem tamanho
Que o olhar vazio, alheia, fissurado

No meu alvo silêncio, rude insônia
Clamo por todo o arrimo, em vão
Nada escuta, indigente cerimonia

Invento um verso, tento, e tento
E rasgo-o, continuas sem demão
Tudo é indomável no sentimento

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 de março de 2020 – Cerrado goiano

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

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Embate


À volta de incerta inspiração
Ocupei as minhas mãos.
.... e foi a poesia sua combinação!

Brinquei de poetar a vida
Só por tê-la.
Ai! como é incontida
Misteriosa e bela
Cheia de medida!

Em rima discreta, branda
Fui poetando, fui poetando
O que a emoção manda...

E, o que o fado me foi dando
Talvez fiquei devendo à poesia
Um canto de delírio, trovando
Ou talvez mais alegria!
Quiçá! Uns versos amando.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/04/2020, 17’52” – Cerrado goiano

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

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CERRADO SECO (soneto)


Ah! plangente cerrado, quente, sequioso
Ventos abafados, denodados, e ao vento
Dormente melancolia, e tão portentoso
Murmurejante e, navegante de lamento

Sol queimoso, unguinoso, tal moroso
Que no seu firmamento vagar é lento
Inventando no tempo variegado iroso
Parindo nuvens dum cinzento natento

Securas secas, e que secam ardoroso
Veludos galhos, veludosos e poeirento
Que racham sedentos num ardor ditoso

Ah! cerrado seco, de ávido encantamento
De um luar num esplendor esplendoroso
Da lua de contornos, no céu monumento

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2017– Cerrado mineiro

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

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Encontro...


Inspiração, agarrei-te
Pelo cangote da poesia
E, contigo, nesse deleite
Ri, chorei, e na ousadia
Dei ao meu eu devaneio
Que a imaginação fantasia
E os versos, dela recheio...
Delirei passo a passo
E tão pouco sabia
Que ali seria laço
Que a alma quisera
Ter como compasso
E a cada trova, nova era
De colher cada meu pedaço
Que vivia em espera
Em segredo no coração
Assim, então, achei-te
Ó poesia, Divina criação
E para cada afeite
Uma emotiva razão!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/04/2020, 07’37” – Cerrado mineiro

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Vídeo no YouTube:
https://youtu.be/hDFEW44wdDs


sexta-feira, 3 de abril de 2020

SONETO OCULTO


Tua poesia veio a mim. Donde viera?
Que canto? Que harmonia? Encanto
Rima doce: - tão sossegada quimera
De leve compasso verso sacrossanto

Inspiração de furiosa paixão sincera
Magnetizando os meus olhos, tanto
Em cada estrofe, que o ledor espera
A todo a leitura, e a todo o recanto

Ai! eu nunca mais consegui esquecer
A fleuma das trovas que ali exalava
E em cada linha o sentimento eleito

E a emoção subiu ao peito sem conter
Os suspiros, que cada verso provocava
Ah! versar: terno, amoroso e perfeito!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03/04/2020, 22’32” – Cerrado mineiro

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Vídeo no YouTube:

ESTÁ A AMAR (soneto)


O amor não é somente
Uma poesia a se compor
São versos dum sedutor
No coração em semente

Cresce no desejo, é sabor
Mais que o simplesmente
Que o propósito da gente
Mais que ser um rimador

Tem na trova algo maior
Que a rima nunca mente
E o cheiro de prosa no ar

Na inspiração cortês vetor
Uma composição diferente
Ao poeta que está a amar...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03/04/2020, 16’24” – Cerrado mineiro

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Vídeo no YouTube:

Revinda...


Vim morrer em Araguari
Cidade sorriso, eterna
Que a mocidade é daqui
E o meu berço governa

 Em uma banda a revinda
Na outra a fonte fraterna
Entre ambas a falta ainda
De a história que hiberna

E sinto, sinto: ganas nuas
O sentimento na berlinda
A ternura vagar pelas ruas
E rir. Antes que tudo finda

Vim morrer, no aceitar vim
Cá para as bandas das gerais
Vim. Outrora chama por mim
E, e por fim, não chama mais...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03/04/2020, 08’01” – Cerrado mineiro

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Vídeo no YouTube:
https://youtu.be/XkHlK9kbSDQ

quinta-feira, 2 de abril de 2020

AMOR & POESIA (soneto)


Cuidei que o afeto voasse
Pelo céu do cerrado afora
E para versar então agora
Inundei o senso de enlace

Perdido no diluvio da hora
E para que tudo não passe
De uma ilusão sem classe
Trovei paixão para aurora

Porém, insoniava, malfada
A vil opressão que só trazia
Incerteza no peito sufocada

E, assim, que alvorou o dia
Afago embalou a madrugada:
E aninei com amor a poesia!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02/04/2020, 04’15” – Cerrado goiano

copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Vídeo no YouTube:

Brás


No centrão da terra da garoa
De janelas para a rua
Velhos na praça, atoa
Casarões no tempo tatua
Desta ou aquela pessoa
A história... e a vida continua
Os moleques descalço o pé
De juventude nua
O boteco de seu Josepe
De outrora, tão fugaz!
O ambulante vende leque
A italianada em cartaz
Nas cantinas, nos bares
Aqui é o Brás!
Terra de todos os lugares...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02/04/2020, 12’58” – Brás, São Paulo

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Vídeo no YouTube:

Obrigado


Pelos dons oferecidos, poeto
(o meu poetar é no cerrado)
Pela inspiração sou inquieto
Obrigado!

Pelos devaneios, as venturas
Em sua formosura e pecado
Pelos versos com aventuras
Obrigado!

Pelo afeto com suas rimas
Horas más, as sem agrado
Também, pelas com estimas
Obrigado!

Pelo ipê no sertão em flor
Nos versos não ter faltado
Ó singelas trovas de amor
Obrigado!

E tu, que és alento constante
No estro o desejo acordado
Ai! sempre do sonho diante
Poesia.... Obrigado! Obrigado!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02/04/2020, 07’50” - Cerrado goiano
Paráfrase Pedro Homem de Melo

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Vídeo no YouTube:
https://youtu.be/1pnl31ZeD2g

quarta-feira, 1 de abril de 2020

BREU PROFUNDO (soneto)


Em cada estrela no céu a palpitar
Na imensidão do breu profundo
Me sinto agora em outro mundo
Quase sem ruído, tudo a silenciar

Noite. De um negror moribundo
O veto proceloso na greta a uivar
E o sonho sem ter como sonhar
As horas mais lentas no segundo

E a voz da solidão no abandono
Que nas sombras se escondem
Azoado, sinto o hálito do sono

Minha alma tal como um refém
Devaneia na saudade sem abono
Na escureza velando por alguém

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01/04/2020, 19’29” - Cerrado goiano

copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Vídeo no YouTube:


SONATA DE OUTONO 2


Versos de folhas caídas
Circuito de vida, na vida
Folhas mortas, já vencidas
Num balé de vinda e ida

Vão ao chão, são paridas
Trilha de ilusão descida
Na melancolia, ouvidas
Numa inevitável corrida

Do fado, no seu instante
E pelo ar resvala falante
Em apelos da mocidade

Tão veloz, e avante volita
Num horizonte de desdita
Dos outonos e da saudade...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2018, 13 de março - Cerrado goiano

copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Vídeo poético no Canal do YouTube:


AMOR DE POETA (soneto)


De um lado, o sentimento, do outro lado
O fado, pelado, cru, desnudo de fantasia
O sonho no beiral do lampejo debruçado
Na alva, na lua, e no entardecer do dia

Se fala de afetos, lasso fica o seu agrado
É que a paixão o cega, e o pranto o guia
Nas sofrências que tatuam o seu passado
Cada verso dilacerado, senhora a poesia

Intenso. Emoção vaza em cada trova sua
Sem defesa, intacta, e de total entrega
Do silêncio, a ternura no estro profundo

Em frente as sensações, a tua alma nua
Onde a mais ingênua imaginação navega
O árduo amor, dos Poetas deste mundo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01/04/2020, 07’12” - Cerrado goiano

copyright © Todos os direitos reservados
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Vídeo no YouTube: