quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

AGRAVO DE AMOR (soneto)

Ah! Desventura cruel! Ah! dura sina!
Quão maldosa em meu dano ficaste
Vilã no tempo, como se lhe baste
Apenas algum cuidado, na surdina

Deixaste-me sentir a doce haste
Do amor, essa cortesia tão divina
Deitando no seu lugar amargo traste
De uma dor, e a saudade na vitrina

Ah! como melhor seria não vos ter
Algum dia nos meus braços, ermida
E no fado ter ficado encantado por ti

Assim, não teria o que na sina perder
E palmear na mão desta malfeita vida
Que por mor perda está qual eu perdi

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/01/2020, 17’13” - Cerrado goiano



copyright © Todos os direitos reservados
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Vídeo YouTube:


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Este é um diário de poesia muito pessoal e desprovido de qualquer pretensão. Tendo como objetivo somente postar e divulgar as poesias de Luciano Spagnol. Espero que goste! Sinta-se à vontade para navegar. Antes de sair, deixe o seu comentário. É importante e apreciado.

Obrigado.
Volte sempre!