terça-feira, 3 de março de 2020

ALTERAÇÃO (soneto)


Como se a sorte, tirar-me, assim quer
Como a névoa no cerrado embaça o ipê
Você, assim na sina tornou-se por quê?
E o destino passou outra trova escrever

Como se as promessas não mais a mercê
Não mais se lê na vã inspiração a sofrer
Você, agora figura numa dor para valer
E os sonhos se fazem de simples clichê

Um céu tão cinza matizou-se lá fora
Sem arco íris e um ar tão tenebroso
Na alma, é sofrência que sinto agora

Como se pudesse não ser malditoso
Nesta poesia, em que o verso chora
O que um dia no cantar foi mavioso...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 de março de 2020 – Cerrado goiano

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