Tentei no sonho ir além
Porém, você me acordou
Também sei que um dia ele vem
Pois meu coração não morreu e assim vou
Quicando nas promessas, de um alguém
De um olhar, não quero parar de sonhar
Não vou ficar sentado no meio fio
Ah, e nem desistir de encontrar
A alma sem dor e nem frio
Perdida nos labirintos de quem sou
Quero na cama arrepio
E não o destino que mudou
Amanhã quem sabe, te encontro por ai
E seremos novamente carinho
E se não mais quiser, irei subtrair
Não estarei sozinho
Terei palavras a me seguir
E bilhetes possíveis de amor
Desenhados na ideia de comemorar
Ou quem sabe até uma flor
Com endereço, sensações e rabiscos de amar
Neste ato não vou ser o autor
Da solidão que rasga e vem machucar
Tão pouco tentar impor, o que busco é rubor
Da face, perto da emoção, um chão onde eu possa pisar
Siga tua ambição, a minha seguirei aonde ela for
O resto deixa pra depois, a vida é para se celebrar!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05’49”, 29/07/2012
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