quinta-feira, 6 de agosto de 2020

A ESCULTURA (soneto)


Idealizada, em traços no pó de mármor
Num luzidio de inspiração e de talento
Nas minúcias de fêmea em movimento
Fixas em forma rara, de delicado primor

Transpirando volúpia, vida e portento
Do pó de pedra forjada com tenro amor
Surge a forma e, prostrada em fomento
Abrigo imortal, num cendal esplendor

Do albor da imaginação, dos desejos
Surge assim esquia e férteis latejos
Ante a estátua feita, minha ovação

E o espanto avido do meu espreitar
Põe a beleza e delicadeza no olhar
Dela, a escultura amoldada a mão

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/08/2020, 11’41”  – Triângulo Mineiro
Inspirada na escultura de Eliete Cunha Costa, acervo pessoal

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

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