sexta-feira, 21 de agosto de 2020

AO PÉ DO OUVIDO

Eu fui confidenciar, lôbrego, o meu pesar

À velha lua, branca e nua, no céu viçosa

Na noite acordada, supondo que ao falar

Teria o trovar solto duma queixa amorosa

 

Não quis sequer atenção, então, prestar

No celeste ali estava e, ali ficava gloriosa

Mas, pouco a pouco, num súbito quedar

Vendo um ciciar, pôs a me ouvir cautelosa:

 

Entre soluços e suspiros eu narrava tudo

Ela comovida, pois, poética e apaixonada

Tal como é, romanceou o duro conteúdo

 

Com os olhos cheios d’água, sonhadora

Compadecida desta sofrida derrocada

Então, chorou comigo pela noite afora

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

21 de agosto de 2020- Triângulo Mineiro

paráfrase Pe. Antônio Tomás

 

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

 

Vídeo, Canal no YouTube:

https://youtu.be/olzKyePwlR0


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