terça-feira, 18 de agosto de 2020

ONDE O CERRADO MORA

Uma secura à beira de um barranco

No entorno: ipês, buritis, e o pequi

Por todo lado o agigantado céu rubi

No horizonte, um devaneio franco

 

O dia acorda na alva, num só tranco

Onde ouve o canto da brejeira juriti

E o passeio do solitário macho quati

Ali, alvoraçando a vida num arranco

 

 À tardinha, em romaria, o regresso

A melancolia deitada na rede, espera

O entardecer mais bonito, confesso!

 

Se crês na quimera, ela existe, porém:

É no torto do cerrado de falsa tapera

Onde mora, que há encanto também!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

18/08/2020, 15’17” – Triângulo Mineiro

 

copyright © Todos os direitos reservados.

Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

 

Vídeo, Canal no YouTube:

https://youtu.be/zhEpuH6X2v4

 


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