sábado, 29 de agosto de 2020

VELHO CERRADO (soneto)


Olha este velho cerrado, tão belo
De savanas cascalhadas e, antiga
Quanto mais desigual mais se diga:
- Triunfante na idade e no singelo

Buritis, ipês, horizonte no paralelo
Arranjam, livres, e o diverso abriga
Em sua melancolia e a árdua cantiga
Do vento nos tortos galhos em duelo

Não choremos, sertão, a tortuosidade
Admiremos cada traço, admiremos
Como obra prima deve ser admirada

Na glória do vário és tu, majestade
Governando o encanto que vemos
No mago fascínio da meseta velhada

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/08/2020, 13’49” – Triângulo Mineiro

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol - poeta do cerrado

YouTube:
https://youtu.be/Sb70GhKUnfs



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