quarta-feira, 28 de outubro de 2020

ALMA NUA

Ainda que silencioso, a trilhar, eu sigo

Despido de uma sensação que conforta

Tenho emoção, essa sorte que bendigo

Mesmo sabendo que a carência corta

 

A doce ilusão, como é bom e importa

Tudo é confiança, e nada eu maldigo

Bem sei que no tender se tem porta

E na simplicidade do querer o abrigo

 

Então, desconfortado, assim vou, eu

Tal qual um poeta sem devoção sua

A procurar o amor que já se perdeu

 

E nesta de ser feliz na infelicidade

Me vejo no espelho de alma nua

Matutando o mantra da saudade!

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

28/10/2020, 05’34” – Triângulo Mineiro

 

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

 

Vídeo, canal de YouTube:

https://youtu.be/EklTWBJCLgA

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