sábado, 13 de fevereiro de 2021

EM BRANCO


Olho-te devaneando, arranjando, e aí tento
No vácuo do teu vão, da palidez e alvura fria
A poesia que transvaze do meu pensamento
E, somente rabisco uma fisionomia tão vazia

Mas, insisto no carente, inteirar o anseio lento
Com feito, fantasia: - nessa sensação sombria
E assim, então, criar solenidade no momento
Para ver se abranda a minha solitária melodia

Em branco, a imaginação no papel em agonia
Escreve e apaga, retira e devolve, cria e recria
Que zombaria, e a desordem devora o escrito

Ó solidão, fala alto, deslustrando cada ensejo
Tudo revelado, nada mostrado, e pouco vejo
Neste curto desejo, só um versar mais aflito!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/02/2021, 11’42” – Triângulo Mineiro

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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol

Vídeo poético no canal do YouTube:
https://youtu.be/3nuTKQB7PsY

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