sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Chuvarada (soneto I)


O cheiro único, acre, tão saboroso
De terra molhada, na chuva dada
No cerrado. É uma oração rezada
Num inconfundível feito saudoso

No terreiro, ventania e chuvarada
O quintal com o seu aroma aquoso
É de um espírito tão maravilhoso
Faz a alma da gente... enxarcada

A infância pisa junto na enxurrada
De chão batido, escorre no meio fio
Aguaça, diversão e risada ensopada

Camarada, chove chuva de motão
Mais desejada, doce e leve no feitio
Aroma tão, da chuvarada no sertão!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 janeiro, 2022, 07’30” – Araguari, MG

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Vídeo poético no Canal do YouTube:
https://youtu.be/m7l7OnqjL7E

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