quarta-feira, 26 de outubro de 2022

... E VERSA-SE UM SONETO


... e versa-se um soneto arruelado
Na vil saudade, num gesto amargo
O coração com sentimento calado
E versos dispersos deixado ao largo

... e versa-se um soneto tão letargo
A alma ansiando tudo compassado
E a solidão infundindo o descargo
Mais do que deve, o pesar, atado

... e versa-se o soneto sucateiro
Nos suspiros do querer esquecer
Custe o que custar, teimosamente

... e versa-se um verso do madeiro
Da crucificação do soneto a sofrer
Chora o verso, queixa, inutilmente!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 outubro, 2022, 21’19” – Araguari, MG

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Canal do Youtube:
https://youtu.be/vzO3gKVJ0jE

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