sábado, 8 de outubro de 2022

Reticência d’alma


Não desejo os olhos cheios d’água
Vou fechá-los para não ter mágoa
Assim, não ter que ouvir o choro
Vindo das reticências de sua alma
Que me invadem como um coro
De mil vozes, perturbando à calma
Meu coração não quer silenciar
Palavras de amor quer lhe falar
Para opor a sua incerta indecisão
De não querer ter outra opinião
Onde a dor e o lamento choram
Mas, se é isto que está a desejar
Meu pranto irá lhe acompanhar
Antes, porém,
Não faça de minh’alma sua refém
Tire do pensamento a interrogação
Festeje a vida só com exclamação
Pinte os dias com suaves cores
Que vão enfeitar os doces amores
Não se prendendo pelas aparências
De sua alma apague as reticências!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Rio de Janeiro, RJ, Sábado, 21/06/2008

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Canal do YouTube:
https://youtu.be/aNsbP6csUKA

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