[...] diário de poesia de Luciano Spagnol - poeta do cerrado ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Poesia é quando escrevemos o monólogo de nossa alma, que se torna um diálogo com o leitor
sábado, 8 de outubro de 2022
Reticência d’alma
Não desejo os olhos cheios d’água
Vou fechá-los para não ter mágoa
Assim, não ter que ouvir o choro
Vindo das reticências de sua alma
Que me invadem como um coro
De mil vozes, perturbando à calma
Meu coração não quer silenciar
Palavras de amor quer lhe falar
Para opor a sua incerta indecisão
De não querer ter outra opinião
Onde a dor e o lamento choram
Mas, se é isto que está a desejar
Meu pranto irá lhe acompanhar
Antes, porém,
Não faça de minh’alma sua refém
Tire do pensamento a interrogação
Festeje a vida só com exclamação
Pinte os dias com suaves cores
Que vão enfeitar os doces amores
Não se prendendo pelas aparências
De sua alma apague as reticências!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Rio de Janeiro, RJ, Sábado, 21/06/2008
Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado
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