onde inflama o peito em incendido ardor
faz-se suspirar, e o verso bafejar agre dor
deixando o suspiro como vil testemunho
Sensação a evocar-me saturnal temor
e lágrima a escorrer pelo tenso punho
e, ainda ébrio de agonia, estremunho
embriagado, dum sonho de tal pavor
Choram talados versos, desesperação
rimas desorientadas, poemas partidos
pelas trevas de um poetar sem ilusão
Está vazia a imaginação, tão inebriada
nua. O coração em desafinados ruídos
bêbado de solidão e, jogado no nada!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06 abril, 2025, 18’28” – Araguari, MG
Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol - poeta do cerrado
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https://youtu.be/dSl0u8fxzWA
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