Era a saudade, saudade crua que
vela
A solidão. Com a impostura do
pranto
Que sente falta, partida em um
canto
Do coração, que se veste da dor
dela
Era a lembrança! Curvada na janela
A esperar que se quebre o encanto
E no horizonte desanuvie do manto
Da noite vazia, e se torne leve e
bela
Era a angústia com a sua tristura
cada
Era o seu silêncio e o seu tempo
lasso
O desespero na negrura da
madrugada
Que brincam, com o desanimo crasso
De olhos vendados, e a ventura atada
De cobra cega com o prazer
escasso...
© Luciano Spagnol - poeta do
cerrado
05/04/2020, 15’11” – Cerrado
goiano
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Luciano Spagnol
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