domingo, 19 de julho de 2020

ESPAÇO (soneto)

Tragando a vastidão do cerrado profundo

A solidão num canto, a saudade devassa

Saudade do afeto que no peito arregaça

E que vagueia na dor, lamentoso mundo

 

E na esteira sem fim da tristura sem graça

Ei-la embalada na sofregdão de moribundo

Recostado no abismo sepulcral sem fundo

Do pesar, e encruado suspiro que não passa

 

Poeto. Me elevo em busca de um conforto

Vou pelo estro de encontro a outro porto

Pra aurorear a sensação com cheiro de flor

 

E nesta emoção que se tornou um lastro

No vazio. Cheio de pranto no árduo rastro

Cato a poesia para abrir espaço pro amor...

 

© Luciano Spagnol -poeta do cerrado

19/07/2020, 15’10” - Triângulo Mineiro

 

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

 

Vídeo no Canal no YouTube:

https://youtu.be/WhGZDtoyF4k


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