domingo, 16 de agosto de 2020

A SERIEMA

Falam que a seriema, quando desata

O seu canto, no cerrado ali tranquilo

A viola do roceiro, chora, a segui-lo

Roncando esmorecimento pela mata

 

O retinir, longo, tal um sino de prata

Quando soa, longe, se pode ouvi-lo

Num tal solfejo, em aguda sonata

De um aristocrático canoro estilo

 

Quando a cantata, ressoa amolada

No coração do sertão, bem fundo

A saudade dói, e no peito faz morada

 

E o que mais neste canto se espanta

É que o canto de apenas um segundo

Na alma do sertanejo se agiganta...

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

2020/agosto, Triângulo Mineiro

 

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

 

Vídeo, Canal no YouTube:

https://youtu.be/lM61RaqDRAk

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