sábado, 23 de janeiro de 2021

18 HORAS NO CERRADO


O vento passa e o cerrado murmura
Porém tão achavascado que parece
Um canto, uma suplica, uma prece
Uma poética cheia de acre tristura

No horizonte o pôr do sol adormece
Turba-se a tarde, uma luz já fulgura
No céu, tão alva e farta de ternura
A noite caudalosa sobre ele desce

O silêncio embatuca convulsamente
Varrendo a negror ao peso do poente
Agigantada escuridão! O acme agora!

Tem da coruja o gemido cavo e pesado
Toda a melancolia, através do teu piado
18 horas, a noite no cerrado não demora!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/01/2021, 18’00” – Triângulo Mineiro
paráfrase Ana Amélia

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Vídeo no Canal do YouTube:
https://youtu.be/K5e6zKvgL2o

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