domingo, 29 de janeiro de 2023

TARDES DO CERRADO


É o entardecer no cerrado das tardes de todo dia
Solitário no silêncio, chega à noite e, o olhar, tardia
Se tarde é, todavia, o tardar apressa a hora vazia
Enchendo de quimeras a noite que no céu sombria

E neste breu do entardecer que a noite tão pedia
O sol no horizonte abrasa-se e o adormecer regia
Nos galhos tortos, recria, tal qual o poeta na poesia
Em um entardecer rubro, árido e de aspereza fria

Vem a tarde, chega à noite valsando em melancolia
Onde o vento entre as secas folhas no tardar rodopia
E o tempo e saudades no peito se fazem em sinfonia
Pra haver outra tarde, outra noite, haver outro dia

Sem saber se é pranto, choro ou remia que prazia
Adentro no entardecer do cerrado que a noite espia
Com seu luar gigante, reluzente que o denso lumia
Vai-se a tarde, num lusco e fusco, e a coruja pia...

© Luciano Spagnol poeta do cerrado
Março, 2017, 18'00" - cerrado goiano

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol - poeta do cerrado

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https://youtu.be/2jnu1Mi9bus

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