segunda-feira, 7 de julho de 2025

Enleio


Te reverencio ó solidão tirana
Me tiraste da comunhão fecunda
Do chão eleito e amizade profunda
E aqui se fizeste de total soberana

Na noite tua soberba me inunda
Na castidade de minha saudade
Naufragando suspiros sem piedade
Onde minha lembrança afunda

Vem o dia e após dia, mesmice
Em solenidade tu em séquito
Translada minha dor no circuito
Da desesperança, da chatice

Abre-me os braços, imperante
Me acaricia com tétrico pretexto
Que és o fado que tem o contexto
E não tu este enleio sufocante.

© Luciano Spagnol poeta do cerrado
06/10/2015, 19'30"- cerrado goiano

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

YouTube:
https://youtu.be/4sMcyiXY5l4

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