Pra onde houveres, sonho, pra onde fores
Irei também, suspirando a mesma utopia
Para amenizar o penoso logro, a fantasia
E, sossegar a quimera de suas mil dores
Que triste, a emoção sem as dadas flores
E eu tão sem agrado e o ser sem alegria
Sonhando sem inspirar a romântica poesia
Pesadelos molestando e fazendo horrores
Golpeou-me a direção? Que sorte sombria
Nas escarpadas faces dos postiços amores
De assim magoar-me sem que amor havia
Seria a mão do azar, então me tocando?
Se sou sonhador, e o amor com valores
Não o ter, nefasto eu, Deus! até quando?
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25/08/2020, 10’36” – Triângulo Mineiro
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